Olavo
de Carvalho é um católico conservador que, incapaz de conviver com
ideias diferentes na academia brasileira, resolveu estudar filosofia
sozinho. Essa sua incapacidade, no entanto, é algo que marca toda a sua
trajetória de vida, se traduzindo em uma profunda intolerância a
qualquer pensamento divergente do seu. No site Mídia sem Máscara,
do qual Olavo é dono, vários colunistas expõem todo tipo de pensamento
preconceituoso, tacanho e reducionista travestidos de “jornalismo”.
Como católico conservador, Olavo possui
um profundo medo de ir para o inferno após a morte. Embora isso seja
risível, é o que ele demonstra em vários vídeos seus espalhados pelo
Youtube, como este.
E para tentar garantir sua ida ao céu, ele atribuiu a si mesmo uma
missão: dedicar a vida a combater o comunismo e o marxismo em todas as
suas formas de manifestação. E nada escapa à sua obsessão
anti-comunista: positivismo, ciência, secularismo, ateísmo – nada que
não seja escolástico e profundamente reacionário.
Não importa que a Guerra Fria tenha
terminado e o comunismo internacional tenha arrefecido juntamente com
ela; ele não se deu por satisfeito e continua sua cruzada incansável
contra todo esquerdismo, como ele caracteriza as entidades globalistas
que, segundo ele, pretendem solapar os valores da família cristã e impor
em seu lugar a agenda dos movimentos homossexual, feminista e
ambientalista. Há anos ele tem sido um dos defensores de golpes
militares pró-Estados Unidos na América Latina.
Nos últimos quatro anos, Olavo não cessou
de falar sobre a falsidade da certidão de nascimento de Barack Obama,
advertindo que ele é comunista e membro da fraternidade islâmica, tendo
sido eleito presidente para minar o poder dos Estados Unidos no mundo, o
que pode ser visto através do enfraquecimento das forças armadas
americanas e pelo favorecimento dos grupos ligados à fraternidade
islâmica nos países onde ocorreu a “primavera árabe”. Ele costuma
elogiar o patriotismo dos norte-americanos, a importância que dão às
forças armadas e deplorar o fato de que isso não existe no Brasil. Às
vezes se mostra entusiasta do regime que vigorou no Brasil durante o
Segundo Reinado. Também deplora o fato de o regime militar brasileiro
não ter aniquilado a esquerda, antes permitindo que se tornassem
proprietários de editoras e meios de comunicação.
Acusando sempre a imprensa brasileira de
ser aquiescente em relação a esses eventos, ele se coloca como um
jornalista que fala “a verdade” dos fatos. Afirma que o Brasil vive um
regime totalitário sob o governo do PT, nutre um profundo desprezo por
Dilma, Lula, pela Teologia da Libertação e por todos os teóricos da
esquerda, sejam brasileiros ou não. Ele mesmo não se envergonha de dizer
que, quando Lula foi eleito, tentou alertar as autoridades americanas
acerca da “ameaça” que representava sua subida ao poder. É muito curioso
esse interesse que ele demonstra pelo nacionalismo americano e pela
direita cristã que apoia o partido Republicano. Olavo fala de Lula como a
própria encarnação do mal, e frequentemente se refere ao ex-presidente
com espasmos viscerais de ódio. Denuncia que o PT pôs em prática a
estratégia gramsciana de mudança da sociedade pelo controle permanente
das instituições.
Ele atribui os problemas educacionais do
Brasil unicamente à esquerda e omite o fato de que foi o regime militar
que sucateou o ensino de humanidades no Brasil, excluindo dos currículos
disciplinas como línguas clássicas e francês, além de filosofia e
sociologia e reduzindo inclusive o ensino da língua portuguesa. Qualquer
um que seja minimamente informado sabe que ele mente quando fala essas
coisas. Tudo isso deixa bem claro que Olavo não quer um país onde a
esquerda participe do jogo democrático. Embora queira passar a imagem de
liberal, ele não o é. Prefere uma ditadura fascista ao estilo
franquista, que esmague a oposição e imponha a ferro e fogo os valores
do catolicismo tradicional e do pensamento conservador.
Olavo ministra, pela internet, um
seminário de Filosofia, curso em que ele, sozinho, trabalha todos os
aspectos da disciplina, além de lições sobre história, psicologia e o
que mais lhe der na telha. Olavo pensa o mundo de forma monomaníaca:
tudo o conduz para um discurso denuncista da esquerda. Ele afirma ter
passado vários anos estudando o marxismo, período que ele considera como
de “autoenvenenamento”. Não reconhece qualquer importância nos
trabalhos de Marx e Engels ou de qualquer outro teórico da esquerda,
associando sempre esses autores ao stalinismo e aos gulags. Apesar de afirmar que estuda o assunto há quatro décadas, ele repete há anos os mesmos chavões.
Embora nem tudo o que Olavo diga seja
desprezível, e algumas de suas análises tenham certo teor de relevância,
elas, no entanto, se perdem como gotículas no oceano de asneiras que
ele profere. O problema não é o fato de ele ser de direita, mas de ter
descambado para um pensamento intolerante, monomaníaco, mesquinho.
Alguém que leia Olavo de Carvalho verá o quanto ele está aquém de
pensadores liberais (de verdade) que se destacaram no Brasil como Roque
Spencer Maciel de Barros, por exemplo. Olavo é até mesmo indigno da
grandeza dos autores de quem ele usurpa seu pretenso conservadorismo,
como Ortega y Gasset, Ludwig Von Mises, Otto Maria Carpeaux, entre
outros.
Já tentei buscar na internet informações
sobre alunos e ex-alunos de Olavo de Carvalho. E com exceção de algumas
frases bajulatórias em seu próprio site do Seminário de Filosofia, o
resultado foi nada. Nenhum artigo, nenhum livro, ninguém que se dedique a
qualquer área do pensamento filosófico e expresse isso em publicações.
Olavo costuma dizer que nunca conheceu uma pessoa que tenha sido
alfabetizada pelo método Paulo Freire. Da mesma forma, nunca conheci ou
ouvi falar de um filósofo que tenha sido formado por ele. Esses alunos
fantasmas vivem – como é de se esperar – silenciosamente paralisados à
sombra de seu mestre, de quem são incapazes (ou têm medo) de discordar e
mais incapazes ainda de produzir algo minimamente relevante.
Mas então, onde estão e quem são essas
pessoas? O que elas produzem? Olhando os comentários aos vídeos semanais
de Olavo no canal do Mídia sem Máscara no Youtube, podemos ter uma
dimensão do perfil de seus seguidores. Muitos o chamam de “grande
mestre”, e, seguindo seu exemplo, achincalham a esquerda sem um mínimo
de reflexão teórica. Em um de seus programas recentes, um ouvinte ligou e
afirmou de forma iracunda que “odeia a esquerda”. Olavo esboça um
semblante de satisfação e lhe diz mansamente que não tem que odiar
ninguém, que ele precisa ser profissional.
Mas que tipo de profissionalismo ele pode
esperar de seu pupilo, se o que ele diz é a única coisa que aprendeu
com o mestre: detestar irracionalmente toda forma de esquerdismo, mesmo
que determinadas pessoas ou movimentos nada tenham de esquerdistas ou
marxistas? E verbalizar esse ódio com xingamentos e esculhambações?
No ano passado, uma reportagem do portal Ig
noticiou a atividade de alguns jovens universitários de direita, que,
inspirados em Olavo de Carvalho, defendem valores tradicionais e afirmam
estarem dispostos a usar a força física e a morrer por isso, estratégia
semelhante ao do grupo racista skinheads, demonstra a
reportagem. Embora Olavo posteriormente tenha negado qualquer ligação
com esses grupos e criticado a reportagem, fica evidente que esse é o
resultado mais óbvio de suas posturas políticas: o incentivo a atos e
pensamentos de intolerância, facilmente assimiláveis por grupos de
extrema direita.
A maioria de seus admiradores não são
leitores de filosofia, são antes jovens carentes de um pai, de um líder,
de um guia, de um führer. São pessoas incapazes de pensar por si
mesmas e compartilham com seu mestre o desprezo pela academia. Apesar
de todas as suas limitações e defeitos, a academia é o lugar onde ideias
podem ser livremente debatidas. Essas pessoas, no entanto, não querem
debates, elas querem a imposição do que pensam que pensam, sem saberem
que na verdade não pensam nada. Como Olavo, seus seguidores veem
esquerda e comunistas por toda parte, um inimigo a quem eles atribuem
uma importância que não existe fora de suas mentes.
Ele ainda aconselha seus alunos a usarem
textos anti-marxistas de seu site para enfrentarem professores nas
universidades e já citou até exemplos de que isso deu certo. Ora,
somente professores muito ingênuos e dogmáticos (e ainda há muitos
desses por aí) podem cair nessa. Como se não bastasse, seus seguidores
têm lançado diversos produtos com a marca “Olavettes”, contendo frases
de seu mestre e com o dizer “Olavettes é nóis mermo”. Não são
intelectuais, são tolos. São como crianças imitando adultos, com a
diferença de que as crianças carregam a pureza da inocência, e eles a
terrível marca da estupidez. Esse comportamento das “olavettes” é de
causar vergonha alheia, a começar pelo nome que escolheram para designar
a si próprios. Enquanto Olavo continua sua empreitada para tentar
chegar ao céu, seus discursos têm atraído uma legião de seguidores,
fascinados por seu estilo histriônico de falar, por seus xingamentos e
por sua intolerância. Essas pessoas não se destacam por erudição ou
produção intelectual, mas pela abjeção de suas ações.
Para que os leitores percebem o quanto
Olavo realmente não pode ser levado a sério, vejam a “refutação” que ele
faz à ciência moderna e à teoria da relatividade neste vídeo.
Chega mesmo a ser patológica a obsessão deste homem para ridicularizar
qualquer coisa que não se enquadre em sua estreitíssima visão de mundo
formada pelo ideário fascista e por dogmas da escolástica medieval. Sem
absolutamente nenhuma referência teórica, sem menção a nenhuma pesquisa,
ele tem a desfaçatez de sugerir que a terra é imóvel! Tudo porque o
modelo copernicano mostrou a falsidade da cosmologia ptolomaica adotada
pela Igreja. Esqueceram de avisar a Olavo que a própria Igreja hoje não
pensa mais dessa forma, mudou seus conceitos e já até se desculpou com
Galileu através de João Paulo II. O Vaticano inclusive conta com um
centro avançado de pesquisa científica, onde atuam pesquisadores de
várias partes do mundo.
E como alguém pode refutar a relatividade
sem ao menos compreendê-la como ele próprio admite no vídeo? No auge de
sua ignorância cínica, Olavo diz que Einstein inventou a teoria da
relatividade pra não ter que admitir que a terra é imóvel. É
impressionante quantas pessoas dão crédito e se deixam enganar por um
impostor que se finge de filósofo e intelectual e pronuncia tantas
asneiras absurdas e risíveis. Não é à toa que apenas skinheads
e outros grupos racistas, além de incautos sugestionáveis admiram o tal
“filósofo”. Os verdadeiros liberais e pessoas sensatas da direita se
envergonham até mesmo de mencionar-lhe o nome, afinal Olavo não é
referência para nada que se queira produzir cientificamente. Ele mescla
seus sentimentos de revolta pessoal com a esquerda com fanatismo
religioso e sua personalidade megalomaníaca de se achar “um grande
intelectual” a quem ninguém se compara no Brasil. É de dar dó. Ele
critica intelectuais como Leandro Konder chamando-os de militantes mas
incrivelmente não consegue se enxergar como militante de extrema
direita.
Se fôssemos elencar as asneiras ditas e
escritas por ele, teríamos de fazer um blog voltado exclusivamente a
isso. Apenas mais um exemplo: em seu site pessoal há um texto assinado
por José Nivaldo Cordeiro, “Discutindo o capitalismo”. No texto, o
autor, que não passa de uma sombra de Olavo de Carvalho, fala coisas tão
infundadas sobre Weber e Marx que não é possível dizer que se trata de
um texto sério. Ele diz que o cristianismo fundou o princípio da
igualdade jurídica quando lançou a máxima do “amar ao próximo como a si
mesmo”. A noção de igualdade do Cristianismo primitivo não era jurídica,
mas espiritual, não é à toa que suas verdades permaneceram no nível da
dogmática por muitos séculos, apenas tardiamente ganhando elaboração
intelectual. A moderna noção de igualdade jurídica remonta aos
pensadores deístas do Iluminismo e, com base em suas ideias, à
subsequente separação entre Estado e religião. A Igreja Católica não
poderia tê-la desenvolvido na Idade Média porque sua cosmovisão estava
ancorada no tomismo e na Escolástica, que preconizavam a subordinação do
Estado à Igreja como a ordem natural estava subordinada à sobrenatural.
No Antigo Regime da era moderna, o Estado, em aliança com a Igreja,
exercia o poder a partir do princípio do direito divino dos reis, uma
das características a que posteriormente se opôs o pensamento liberal,
de matriz protestante. O que ele fala sobre “amor ao próximo” sequer
pode ser considerado um argumento porque não tem fundamento histórico. A
noção de igualdade jurídica é um anacronismo se aplicado à Idade Média.
A atuação dos Tribunais da Inquisição também o provam. Durante séculos,
dezenas de milhares de pessoas foram torturadas e executadas por
divergirem ou serem suspeitas de divergirem dos dogmas oficiais da
Igreja. Os tribunais não tinham preocupações com provas, qualquer
acusação do tipo “ouvi dizer que fulano…” já eram suficientes para levar
alguém a se tornar réu. Uma vez nessa condição, não havia possibilidade
de absolvição. Depois ele diz que “sem a mensagem salvadora de Cristo
ainda estaríamos vivendo formas imperiais e/ou tribais de organização
social”. Será que o senhor Nivaldo Cordeiro não sabe o que foi o
feudalismo, o cesaropapismo, a servidão que subsistiu por mais de um
milênio após a queda do Império Romano? Claro que sabe, mas omite isso.
Depois ele diz que Weber cometeu vários
erros, como “associar a eclosão do capitalismo ao protestantismo” e que
ele fez isso por ser protestante e ter uma visão depreciativa do
catolicismo e diz que houve uma “explosão de produtividade agrícola na
Idade Média pelo talento dos monges católicos”. Parece que o autor nunca
leu nem Weber nem autores renomados como Jacques Le Goff, Henri Pirenni
e outros. Só faltou ele dizer que a Revolução Industrial começou nos
mosteiros medievais. Ora, Weber não associou a origem do capitalismo ao
protestantismo mas mostrou a diferença entre o ascetismo católico
(extramundano) e o protestante (intramundano), demonstrando como a
mentalidade deste último foi essencial para o desenvolvimento do
comércio e, posteriormente, da indústria. E isso nada tinha a ver com o
fato de ele ser protestante ou não gostar do catolicismo. No texto,
“Rejeições Religiosas do mundo e suas direções”, Weber retoma o assunto
acrescentando outros elementos importantes, que Nivaldo Cordeiro sequer
se deu o trabalho de ler, assim como não leu o capítulo de “Sociologia
da Religião” na obra “Economia e Sociedade”, também do Weber. Não é por
acaso que as análises de Weber sobre o tema continuam não apenas atuais e
insuperadas, como também não houve críticas capazes de mostrar qualquer
falsidade nelas.
No parágrafo seguinte ele diz que a
Igreja adquiriu uma “herança imperial maldita” de Roma. “Herança
maldita?” O uso de tal juízo de valor, depreciativo e absolutamente
desnecessário pra algo que pretendia ser uma discussão histórica, já é
suficiente para despacharmos o texto para o lixo. Aqui ele prova sua
falta de seriedade, de distanciamento do objeto, sua ignorância
histórica. Ele está analisando a origem do capitalismo não com base numa
pesquisa ou discussão teórica, mas com base em seus sentimentos
pessoais de aversão ao protestantismo, em seu fanatismo religioso. Ele
utiliza autores como Paul Johnson, mas numa apropriação ingênua. Ele
quer mostrar que o protestantismo não foi importante para o capitalismo,
associando isso à herança clássica apropriada pela Igreja. Trata-se de
uma interpretação completamente falsa de Weber e da retomada da herança
clássica no Renascimento. Não vou entrar em detalhes sobre Weber porque
em minhas publicações já discuti isso. Além disso há uma farta
bibliografia sobre o assunto disponível inclusive na internet que o
leitor pode usar para se informar, como os artigos do falecido sociólogo
da USP Antonio Flavio Pierucci, um dos principais divulgadores da obra
de Weber no Brasil, que ainda ajudou a traduzir e organizou a publicação
de ”A Ética Protestante…” para o português para a editora Companhia
das Letras. Vale ainda indicar a biografia intelectual de Weber de
Reinhard Bendix, uma das melhores já produzidas. A estratégia de Olavo e
seguidores é a seguinte: eles pegam alguns autores católicos ou de
extrema direita, reafirmam o que eles dizem abrindo mão do diálogo com
qualquer outro autor ou vertente, depois posam de grandes intelectuais e
sabichões. Se a pessoa não for atenta cai na armadilha porque eles
argumentam bem, usam a dialética erística pra enganar os incautos. São
pessoas inescrupulosas e que não têm comprometimento com a investigação
científica, só com a militância e não se envergonham de fraudar os fatos
para se colocarem como arautos da razão.
Uma vez, enquanto apresentava seu programa de rádio True Outspeak,
um ouvinte telefonou e perguntou a Olavo o que ele achava da filosofia
de Paul Ricoeur. Olavo respondeu diminuindo a importância da obra dele e
dizendo que não tiraria três meses de sua vida pra ler Paul Ricoeur.
Quem já teve contato com a obra de Ricoeur sabe que foi um dos mais
importantes filósofos do século passado, principalmente por seus estudos
sobre narrativa histórica e de ficção, hermenêutica e sobre a memória. É
muito estranho Olavo ignorar sua obra e se recusar a estudá-la. Mas
logo compreendi o porquê: Ricoeur não era um teórico da conspiração nem
um militante anti-comunista e pra Olavo não interessam discussões fora
desse campo. Ricoeur era um intelectual católico, mas não um extremista.
Também me causa muita estranheza o fato de os seguidores de Olavo não
perceberem sua desonestidade intelectual: ele se tornou obcecado pra
combater o marxismo e faz isso a partir de posturas tacanhas como o
fanatismo religioso, facilmente assimilável por jovens com pouca leitura
de livros e de mundo.
Muitos outros exemplos poderiam ser
citados, mas o que foi exposto já serve como amostra de quem se trata o
homem que considera a si mesmo “o maior representante da alta cultura”
no Brasil. Olavo de Carvalho não é filósofo, é um tagarela
anticomunista, teórico da conspiração, ex-astrólogo revoltado por não
ter encontrado espaço na universidade brasileira para suas logomaquias
megalomaníacas e obsedado por sua intelectualidade imaginária. Um ogro
da extrema direita brasileira.
Leia também neste blog: Olavo de Carvalho e a pieguice intelectual brasileira
e leia ainda: A Confusão mental dos seguidores de Olavo de Carvalho
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Postagem original: http://bertonesousa.wordpress.com/2012/10/28/olavo-de-carvalho-um-filosofo-para-racistas-e-idiotas/