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17 setembro 2013

O STF está muito ferrado.

Postado Por: Átila Siqueira.  |  Em:

 Faça o que fizer o STF está em uma situação muito complicada.



Se eles aceitarem os embargos infringentes vão ter que, depois, assumir seus erros, pois a falta de documentos que provam culpas e os documentos que provam a inocência já estão circulando, ao mesmo tempo que o número de pessoas que questionam o julgamento aumenta a cada dia. Caso contrário vão sofrer com as críticas e com as denúncias em um tribunal internacional, o que pode obrigá-los a voltar atrás e ainda pode mesmo condená-los, se ficar provado que os ministros agiram por interesses pessoais no julgamento.

Se eles não aceitarem os embargos terão ainda uma situação bem mais complicada pela frente, pois isso produzirá mais uma violação para ser julgada no tribunal internacional.

Se eles aceitarem os embargos e depois absolverem os réus no próximo julgamento, vão atestar claramente que agiram de má fé e vão acabar com suas carreiras e com a reputação da casa institucional a qual eles representam, pois serão criticados pelos fascistoides que desejam condenação a qualquer custo, e pelas pessoas que viram a farsa ser montada e não se sustentar.

Contudo, a última opção vai ser a menos vergonhosa para eles e para a grande mídia, pois pelo menos não será uma vergonha internacional e eles ainda não passarão pelo vexame de terem o julgamento anulado por uma corte internacional, além de não correrem o risco de se tornarem réus. No fim das contas, a situação desse novo caso Dreyfus vai ficando cada vez mais insustentável, assim como no caso original, em que os motivos reais das condenações sem provas vão aparecendo dia após dia: o bom e velho ódio pelo diferente, pois é interessante ver como cada dia mais o anti-petismo do início do século XXI tem se assemelhado ao anti-semitismo do início do século XX.

A melhor saída para o STF agora é aceitar os embargos infringentes, respeitando a constituição, em seguida, começar a revisar e passar a limpo todos os questionamentos que estão sendo levantados pela defesa, levando em conta e debatendo todos os documentos apresentados. Nesse caso, o STF conseguirá concertar parte de seus erros e, se em um novo julgamento houver a absolvição, os ministros poderão se justificar dizendo que é para reparar possíveis erros que os recursos judiciais se prestam. De toda forma eles estarão desmoralizados por terem conduzido um processo carente de provas, porém, podem amenizar essa situação se daqui para a frente levarem em conta a constituição e os preceitos mais básicos da jurisprudência.

Átila Siqueira.
Átila Siqueira é Historiador, Bacharel em História pela PUC-MG e escritor.

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